Nem Reais, nem Rublos. O escolhido foi Grosjean.


Na quinta-feira, Romain Grosjean, um dos postulante a vaga de companheiro de Kimi Raikkonen na Lotus Renault em 2012, declarou que estava determinado a abandonar a F-1 caso não conseguisse retornar à categoria, mesmo após ter realizado as sessões de treinos livres em Abu Dhabi e Brasil e ter animado a equipe com seus resultados – além do título desta temporada da GP2.

De fato, Romain parecia fora da briga após o anúncio de que testaria o novo carro da BMW para o DTM nesta semana em Monteblanco, na Espanha. Além disso, havia a questão financeira: o apoio monetário de Grosjean não se igualava ao que poderia ser proporcionado por Bruno Senna ou Vitaly Petrov. Hoje, veio o anúncio oficial de sua contratação.


Ao meio de todo este imbróglio, havia o apoio de Eric Boullier, chefe da equipe. Ainda em Novembro, em entrevista ao site oficial da F-1, Boullier declarou que Grosjean ocuparia a vaga de Kubica, caso o polonês não pudesse realmente retornar, e admitiu as negociações com Raikkonen. “Eu não tenho escondido esse fato por semanas, mas meses até. Então, se Robert não voltar, Grosjean definitivamente é um dos pilotos no topo da lista”.

Pode-se então concluir que Boullier, ao menos neste caso, ressurge fortalecido. Há poucos dias, Gerhard Berger era especulado como sucessor do francês no comando da equipe, e agora segue em seu posto e viu o piloto de sua preferência ser confirmado, sobrepondo os endinheirados Senna e Petrov.

Com os retornos de Kimi e Grosjean, o cenário atual do mercado de pilotos na F-1 desenha-se trágico para quem sobrou, ausentes das festas de final de ano e dos cartões de Natal corporativos. Em termos oficiais, restam seis vagas: duas na Toro Rosso e na Force India, uma em Hispania e Williams. Na prática, é diferente.

A Toro Rosso prefere apostar nos pilotos de seu programa de desenvolvimento, e suas duas vagas estão entre Buemi, Alguersuari, Ricciardo e Vergne. Na Force India, tudo indica que Di Resta permanece, acompanhado de Hulkenberg. Restou a vaga na Hispania, que pode muito bem ser novamente aproveitada pela Red Bull, que colocaria Ricciardo na vaga de Buemi na Toro Rosso e Vergne entre os espanhóis. Ricciardo pode substituir Trulli na Catterham, também. Petrov, especula-se, bateria às portas de seus compatriotas da Marussia, já fechados com Glock e Pic.

A vaga mais disputada, certamente, é na Williams. Barrichello, Senna, Sutil e Giedo van der Garde são os postulantes ao posto de companheiro de Pastor Maldonado, e Sutil é o mais cotado para a vaga. Provável então que em 2012, apenas Massa seja um representante brasileiro na F-1.

Grosjean não terá que desistir da F-1, pelo menos não em 2012. Mas outros terão que seguir este caminho, certa e definitivamente.

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