Toro Rosso anuncia substituição de sua dupla

Na tarde desta quarta-feira, a Toro Rosso anunciou sua dupla oficial para a temporada 2012 da F-1, composta por Daniel Ricciardo e Jean-Éric Vergne, dois pilotos do programa de desenvolvimento da Red Bull. Buemi e Alguersuari foram dispensados e engrossam a lista dos postulantes às escassas vagas restantes.

Como a Red Bull terá uma vaga em aberto para 2013 com a (muito) provável saída de Mark Webber, a mudança significa que os pilotos que estavam desde 2009 na equipe satélite não são considerados suficientemente capazes de acompanhar Vettel, até hoje único piloto da dupla Red Bull/Toro Rosso que conseguiu realizar a transição.

Agora, restam apenas as 2 vagas na Force India e uma na Hispania e Williams. Serão então quatro vagas para 8 candidatos: Bruno Senna, Rubens Barrichelo, Adrian Sutil, Vitaly Petrov, Paul di Resta e Nico Hulkenberg, além dos novos desempregados Buemi e Alguersuari.

O Ano de 2011 fez alguns outros desempregados na F-1, esses totalmente descartados: Liuzzi, Chandhok, Karthikeyan, D’Ambrosio e Heidfeld – Di Grassi poderia ser contabilizado também, afinal mesmo como piloto de testes da Pirelli durante a temporada, não conseguiu estar próximo de uma vaga.

Nem Reais, nem Rublos. O escolhido foi Grosjean.

Na quinta-feira, Romain Grosjean, um dos postulante a vaga de companheiro de Kimi Raikkonen na Lotus Renault em 2012, declarou que estava determinado a abandonar a F-1 caso não conseguisse retornar à categoria, mesmo após ter realizado as sessões de treinos livres em Abu Dhabi e Brasil e ter animado a equipe com seus resultados – além do título desta temporada da GP2.

De fato, Romain parecia fora da briga após o anúncio de que testaria o novo carro da BMW para o DTM nesta semana em Monteblanco, na Espanha. Além disso, havia a questão financeira: o apoio monetário de Grosjean não se igualava ao que poderia ser proporcionado por Bruno Senna ou Vitaly Petrov. Hoje, veio o anúncio oficial de sua contratação.


Ao meio de todo este imbróglio, havia o apoio de Eric Boullier, chefe da equipe. Ainda em Novembro, em entrevista ao site oficial da F-1, Boullier declarou que Grosjean ocuparia a vaga de Kubica, caso o polonês não pudesse realmente retornar, e admitiu as negociações com Raikkonen. “Eu não tenho escondido esse fato por semanas, mas meses até. Então, se Robert não voltar, Grosjean definitivamente é um dos pilotos no topo da lista”.

Pode-se então concluir que Boullier, ao menos neste caso, ressurge fortalecido. Há poucos dias, Gerhard Berger era especulado como sucessor do francês no comando da equipe, e agora segue em seu posto e viu o piloto de sua preferência ser confirmado, sobrepondo os endinheirados Senna e Petrov.

Com os retornos de Kimi e Grosjean, o cenário atual do mercado de pilotos na F-1 desenha-se trágico para quem sobrou, ausentes das festas de final de ano e dos cartões de Natal corporativos. Em termos oficiais, restam seis vagas: duas na Toro Rosso e na Force India, uma em Hispania e Williams. Na prática, é diferente.

A Toro Rosso prefere apostar nos pilotos de seu programa de desenvolvimento, e suas duas vagas estão entre Buemi, Alguersuari, Ricciardo e Vergne. Na Force India, tudo indica que Di Resta permanece, acompanhado de Hulkenberg. Restou a vaga na Hispania, que pode muito bem ser novamente aproveitada pela Red Bull, que colocaria Ricciardo na vaga de Buemi na Toro Rosso e Vergne entre os espanhóis. Ricciardo pode substituir Trulli na Catterham, também. Petrov, especula-se, bateria às portas de seus compatriotas da Marussia, já fechados com Glock e Pic.

A vaga mais disputada, certamente, é na Williams. Barrichello, Senna, Sutil e Giedo van der Garde são os postulantes ao posto de companheiro de Pastor Maldonado, e Sutil é o mais cotado para a vaga. Provável então que em 2012, apenas Massa seja um representante brasileiro na F-1.

Grosjean não terá que desistir da F-1, pelo menos não em 2012. Mas outros terão que seguir este caminho, certa e definitivamente.

Pilotos: Charles Pic

Após o Grande Prêmio do Brasil, disputado no último domingo, a Marussia Virgin confirmou Charles Pic como um de seus pilotos na temporada 2012. O francês, 21 anos, foi o quarto colocado no campeonato da GP2 neste ano e vai correr ao lado de Timo Glock, substituindo Jérôme D’Ambrosio.

Pic, até o momento, será o único estreante da categoria em 2012, o piloto de número 801 da história da categoria. A França, quarto país com maior número de  pilotos na história da F-1 (atrás apenas de Reino Unido, Estados Unidos e Itália), não tem um representante na categoria desde 2009, quando Sébastien Bourdais participou das primeiras 9 provas pela Toro Rosso, enquanto Romain Grosjean pilotou pela Renault em substituição a Nelsinho Piquet nos últimos 7 GPs. O mesmo Bourdais, em 2008, foi o último a disputar uma temporada completa.

Formula Renault
Após o início no Kart, Charles estreou nos monopostos em 2006 na Formula Renault Campus, sendo o terceiro no campeonato. Em 2007, partiu para a Formula Renault 2.0, disputando o Campeonato Francês, sendo o quarto colocado, e terceiro no Europeu,

Formula Renault 3.5 Series
Charles Pic transferiu-se para a Formula Renault 3.5 Series em 2008, tornando-se piloto da Tech 1 Racing. Pic dominou o final de semana do GP de Monaco e venceu em Le Mans, além de ir ao pódio em Monza e no Estoril. Ao final do ano Pic foi o sexto na classificação, enquanto seu companheiro Julien Jousse foi o vice-campeão, atrás do holandês Giedo van der Garde – seu futuro companheiro de equipe na GP2 em 2011.

Em 2009, Pic seguiu na Tech 1 Racing e obteve melhores resultados, apesar de um vexatório abandono na Catalunya ao rodar na volta de aquecimento de pneus. Foi o terceiro na classificação geral, vencendo provas em Silverstone e Nürburgring, além de obter um pódio no Algarve. Somou 94 pontos, atrás apenas de Bertrand Baguette e Fairuz Fauzy. Teve como companheiros de equipe Brendon Hartley (7 Gps), Edoardo Mortara e Daniel Ricciardo (uma prova cada).

GP2
Em 2010, pela Arden International, Pic marcou a pole position em Hockenheimring e venceu a prova de estreia, no Circuito da Catalunya. Apesar da vitória na estréia, Pic voltou ao pódio apenas na Alemanha e marcou pontos somente em outros três GPs, somando 28 para ocupar a décima posição no campeonato.

Charles participu de todas as etapas da GP2 Series deste ano pela Barwa Addax Team, substituindo o mexicano Sergio Pérez, que assinou com a Sauber para a temporada de F-1. Conquistou três poles (Valencia, Nurburgring e Monza) e venceu duas provas (1ª Bateria na Catalunya e 2ª em Monaco), indo ao pódio em outras três oportunidades (1ª bateria em Nurburgring, Hungaroring e Monza).

Ao final do campeonato, Pic somou 52 pontos na quarta colocação, sendo que Jules Bianchi somou 53 e Luca Filippi 54, todos distantes do campeão Romain Gorsjean, com 89. A Barwa, por outro lado, venceu o Campeonato de Construtores, com 101 pontos – 52 de Pic e 49 de Giedo van der Garde.

F-1 em 2012
Pic participou da Sessão de Testes para Jovens em Abu Dhabi, realizada imediatamente após o GP, nos dias 15, 16 e 17 de Novembro. Pic participou dos três dias, sendo 13º na terça, 12º na quarta e o mais lento, 14º, do último dia.

Sua contratação era especulada logo após os testes, e o anúncio após o GP Brasil confirmou a estréia do francês em 2012.

“A equipe me deu oportunidades fantásticas para aprender coisas novas, mas eu também sabia que tinha de impressioná-los e mostrar a eles que eu estava pronto para fazer um bom trabalho. Fiquei satisfeito com meu desempenho e obviamente a equipe também, então foi um bom começo. Mas é só o começo e eu sei que tenho muito trabalho duro pela frente para retribuir essa oportunidade”, completou.

Para John Booth, chefe de equipe da Virgin, é normal que seu novo contratado tenha encontrado dificuldades para guiar o carro da equipe em Abu Dhabi.

“Aquela foi sua primeira vez em um carro de Fórmula 1, o que deve intimidar um pouco, mas Charles estava extremamente focado no que precisava ser feito e absolutamente encarou o desafio. Ele melhorou em todas as áreas, mas seu trabalho de simulação de corrida foi o que chamou nossa atenção”, elogiou Booth.

Para finalizar, Pic afirmou que vai se concentrar em se preparar para o começo da pré-temporada e o GP da Austrália, em março, que abre o campeonato de 2011. “Estou ansioso para trabalhar duro em todas as áreas no inverno para garantir que estou pronto para os testes e meu primeiro GP”, concluiu.

A Volta de Kimi: Recorde de Campeões

Com o anúnico do retorno de Kimi Raikkonen, pela primeira vez uma temporada da F-1 reunirá seis campeões: além do finlandês, o hepta Michael Schumacher, os bicampeões Sebastian Vettel e Fernando Alonso e os detentores de um título Lewis Hamilton e Jenson Button.

Além disso, a F-1 terá em 2012 todos os campeões da última década (e do século, obviamente). Schumacher (2000-2004), Alonso (2005-2006), Kimi (2007), Hamilton (2008), Button (2009) e Vettel (2010-2011).

A longevidade de Michael Shumacher colabora para a obtenção desta marca, claro, mas é uma curiosidade que comprova outro fato da F-1 recente: a limitação de testes mantêm os veteranos na categoria e possibilita a concentração dos títulos – nestes últimos doze anos, apenas seis pilotos conquistaram todos os títulos.

O retorno de Kimi Raikkonen

Na manhã desta terça-feira, a Renault (que será Lotus em 2012) anunciou a contratação de Kimi Raikkonen, campeão da categoria em 2007 com a Ferrari. O finlandês deixou a F-1 em 2009, mas seu nome nunca esteve realmente afastado, sendo sempre especulado seu retorno. No último mês, os rumores ganharam força na Williams, e até uma eventual participação acionária do piloto na equipe foi especulada.

A indefinição sobre o retorno de Robert Kubica, ainda em recuperação de seu acidente, transformou a Renault em vedete da boataria, e suas vagas em aberto após resultados poucos animadores de Heidfeld, Petrov e Senna formaram um enorme balcão de negócios. Além dos citados Petrov e Senna, concorreriam também Barrichello, Grosjean e eventualmente Sutil e Kovalainen.

No currículo, Kimi tem 157 provas, 18 vitórias, 62 pódios e 16 poles, além do título de 2007. Com a volta de Raikkonen, a F-1 vai reunir em 2012 inéditos seis campeões mundiais – além do finlandês, o hepta Michael Schumacher, os bicampeões Sebastian Vettel e Fernando Alonso e os detentores de um título Lewis Hamilton e Jenson Button.

Raikkonen passou dois anos afastado da F-1, e após seu título ficou marcado pelo claro desinteresse – e ninguém se surpreendeu quando a Ferrari rescindiu o contrato de Kimi para contratar Alonso, pagando uma multa mais que milionária. Sabe-se, a F-1 passou por muitas mudanças nos últimos dois anos, e Kimi terá pouco tempo para testes e readaptação.

Por outro lado, a Renault claramente ressentiu-se de um piloto experiente para o desenvolvimento do carro durante a temporada. O início do ano parecia promissor, com pódios para Heidfeld e Petrov, mas as demais equipes seguiram suas evoluções enquanto a Renault permaneceu estagnada. E Raikkonen, em termos de talento nato, é um dos melhores pilotos da atual geração. Motivado, como o próprio diz estar (no comunicado, Raikkonen mencionou uma “ânsia esmagadora”), será o maior atrativo em termos de novidade em 2012.

O retorno de Raikkonen aumenta o mistério a respeito das poucas vagas restantes para o grid para 2012. Com o acerto do finlandês na Renault, o nome de Barrichello voltou a ser prioridade na Williams. E os últimos dias de 2011 terão um mercado mais agitado do que o esperado.

Pilotos: Pedro de la Rosa

Com o campeonato de 2011 decidido, o que tem movimentado a Fórmula-1 nos últimos meses são as especulações de bastidores envolvendo os pilotos. Nomes como Rubens Barrichello e Kimi Raikkonen são cotados em quase todas as equipes médias e pequenas do grid. Ontem, quando Pedro de la Rosa foi anunciado como titular da Hispania para 2012 e 2013, houve uma certa surpresa.

Aos 40 anos, com boa parte de sua carreira como piloto de testes da McLaren, poucos (mentira, ninguém) se lembravam do espanhol e o cotavam para uma vaga como titular. Atualmente, a Hispania conta com o australiano Daniel Ricciardo e o italiano Vitantonio Liuzzi como titulares, mas não informou qual deles perderá o posto. Seguindo a lógica, Liuzzi é o mais provável desempregado.

Antes da F-1
Pedro de la Rosa iniciou sua carreira no Kart apenas aos 17 anos. Antes de iniciar a carreira como piloto, o espanhol sagrou-se campeão Europeu “pilotando” carros off-road de controle-remoto, em 83 e 84, sendo vice-campeão mundial em 1986, então com 15 anos.

Após o início no Kart, onde permaneceu por apenas um ano, de la Rosa perambulou por diversas categorias antes da F-1: Formula Fiat Uno e Formula Ford 1600 na Espanha, Formula Ford 1600 na Inglaterra, Formula Renault na Espanha, Formula Renault na Inglaterra e partiu para o Japão onde foi campeão da Formula 3 em 1995 e da Formula Nippon em 1997. Apenas em 1998, aos 27 anos, assinou como piloto de testes para a Jordan e chegou à F-1.

Jordan, Arrows e Jaguar
A temporada de 1998 foi de espera para Pedro, sendo pilotos de testes da Jordan. Abre Parênteses: Naquele ano, a dupla titular era formada por Damon Hill e Ralf Schumacher, em um período em que a equipe vivia seu auge: Hill e Ralf fizeram dobradinha em Spa, em uma das corridas mais malucas da história da F-1, e a Jordan ocupou o quarto lugar nos Construtores naquele ano. O ano seguinte, 1999, foi ainda mais glorioso: Frentzen ocupou a vaga de Ralf, venceu na França e na Itália e foi ao pódio outras quatro vezes, terminando o campeonato em terceiro. Fecha Parênteses.

Em 1999, Pedro correria pela Arrows, formando dupla com o japonês Toranosuke Takagi. Em sua estréia, no GP da Austrália, Pedro de la Rosa marcou seu primeiro ponto, tendo largado em 18º e chegado no 6º lugar, graças a uma série de abandonos, com apenas 8 dos 22 carros chegando ao final. O carro da Arrows pecava pela confiabilidade, e o espanhol completou apenas mais 4 GPs até o final da temporada. A temporada seguinte, com Jos Verstappen como parceiro, foi um pouco melhor, tendo marcado dois pontos, com dois sextos lugares nos GPs da Europa e Alemanha, e completando apenas mais quatro corridas. Verstappen teve desempenho melhor, com cinco pontos e sete GPs completos.

Seu período na Arrows encerrou-se, e Pedro assinou por duas temporadas com a Jaguar, que havia comprado a Stewart e descarregado cifras enormes na equipe, que fazia parte do plano de marketing da montadora de promover seus carros no mercado Premium. Foi um dos maiores fracassos da história da F-1, e o piloto espanhol pouco fez em seus dois anos na Jaguar: três pontos em 2001 (6º no Canadá e 5º na Itália) e nenhum em 2002. Seu contrato não foi renovado, e Pedro então iniciaria sua jornada na McLaren.

McLaren
O espanhol uniu-se a McLaren em 2003 como piloto de testes, em um período em que as equipes testavam seus carros à exaustão. Em 2005, substituiu o lesionado Juan Pablo Montoya no GP do Bahrain, chegando em 5º após largar em 8º.

No ano seguinte, Pedro novamente substituiu Montoya, desta vez definitivamente após a saída do colombiano para a Nascar. De la Rosa disputou as últimas oito provas do calendário, tendo marcado 19 pontos e obtido o melhor resultado de sua carreira, seu único pódio conquistado após o segundo lugar no GP da Hungria. Em uma temporada em que a McLaren não venceu nenhum GP (Alonso e Schumacher venceram 14 das 18 etapas, e apenas na Hungria a equipe vencedora não foi a Renualt ou a Ferrari. Foi Jenson Button, de Honda), Pedro igualou os segundos lugares de Montoya em Monaco e Raikkonen na Austrália e Itália.

Os bons resultados não foram suficientes para garantir uma vaga como titular da McLaren, que preferiu modificar totalmente sua dupla escolhendo Fernando Alonso e outro de seus pilotos de testes, Lewis Hamilton. Foi um ano traumático, para ser generoso. De la Rosa esteve próximo de voltar a guiar como titular pela Prodrive, equipe que estrearia em 2008 com suporte da McLaren, mas a equipe não foi aprovada no “vestibular” da FIA pelo uso de carros de outro construtor, no caso a McLaren, regra que seria implementada justamente naquela temporada.

A temporada da McLaren ruiu na Hungria, no famoso episódio em que Alonso bloqueou Hamilton nos boxes. Foi apenas a declaração pública do ambiente terrível da equipe inglesa naquele ano, que culminou com a revelação do escândalo de espionagem envolvendo informações técnicas e setups da Ferrari que a McLaren obteve. Após o bloqueio de Alonso, Ron Dennis procurou seu então piloto, e ouviu de Fernando a ameaça de que ele enviaria para a FIA e-mails trocados com Pedro de la Rosa e Mike Coughlan, um dos pivôs da espionagem, que incriminariam a McLaren.

Os e-mails foram decisivos na punição da McLaren, que perdeu os pontos conquistados naquele ano e recebeu uma multa de U$100 milhões.

Enquanto seu compatriota deixou a McLaren após o título de Kimi Raikkonen, conquistado graças ao duelo interno da equipe inglesa, Pedro de la Rosa seguiu em seu posto de piloto de testes e foi eleito presidente da GPDA, a Associação dos Pilotos de Grandes Prêmios, posições que seguiu ocupando até 2009.

Sauber
Pedro de la Rosa foi confirmado como titular da Sauber para 2010, formando a dupla com Kamui Kobayashi, que havia impressionado após ocupar a vaga do lesionado Timo Glock na Toyota nas duas últimas provas de 2009. O espanhol disputou 14 provas, marcando pontos apenas com um sétimo lugar na Hungria.

Com desempenho muito melhor, Kobayashi marcou pontos em oito oportunidades, tendo em vista que chegou ao final de apenas outros três GPs. De la Rosa foi substituído por Nick Heidfeld nas últimas cinco provas, e o alemão marcou os mesmos seis pontos de seu antecessor. Para o espanhol restou o posto que era até então de Heidfeld, o de piloto de testes para a Pirelli.

McLaren e Sauber, parte 2
Mesmo com a proibição de testes, a McLaren novamente contratou Pedro de la Rosa para ocupar a vaga de piloto reserva em 2011. Após o acidente de Sergio Perez na qualificação do GP de Monaco, o espanhol retornou ao volante da Sauber no GP do Canadá, tendo chegado em 12º após largar em 17º.

O Retorno
O anúncio de Pedro de la Rosa como titular da Hispania rendeu homenagens da McLaren. Martin Whitmarsh deixou mais claro o papel do espanhol na equipe nos últimos anos: “A contribuição de Pedro para a McLaren tem sido de valor fantástico, talvez até mais valiosa do que aparentemente para os leigos, desde que ele se uniu a nós em 2003. Como piloto de testes, ele fez um trabalho extraordinário, na pista, e ultimamente, em nosso simulador, e seu feedback foram essenciais. Mas suas contribuições vão além disso: Pedro é um cara de equipe, tem grande presença motivacional em nosso time, e talvez por causa disso, ele é alguém que eu sempre contarei como um verdadeiro amigo”, elogiou Martin, deixando claro que sentirá a falta do espanhol nos trabalhos para a próxima temporada.

Sobre sua permanência na McLaren, Pedro afirmou: “Claro, o momento mais feliz na McLaren para mim foi, pessoalmente, ter completado o GP da Hungria de 2006 em segundo, mas também fiquei orgulhoso por ajudar Lewis Hamilton e a equipe a conquistar o título do Mundial de Pilotos, ajudando a equipe a desenvolver uma série fantástica de carros que venceram GPs durante minha permanência no time”, recordou.

“Este é um passo muito importante na minha carreira e uma das decisões mais bem pensadas. Estou em uma fase boa em termos de maturidade e preparado para assumir este desafio, que é algo que me motiva muito. Ao decidir aderir a esse projeto, levei em consideração três fatores: meu desejo de voltar às competições, o fato de que a Hispania é uma equipe espanhola, onde conheço todos, além de saber que Luis Perez-Sala faz parte desse projeto”, revelou.

Em seu comunicado, a Hispania afirma que a contratação do veterano é a consolidação do sólido projeto do time para o ano que vem, que passa por uma reforma estrutural com um novo quartel-general na Espanha. “Contar com Pedro de la Rosa para a próxima temporada será um pilar fundamental no desenrolar de nosso projeto. Somos uma equipe jovem que precisa seguir avançando e, com esta incorporação, estou convencido de que vamos fazer isto. Além do mais, é uma grande pessoa e um grande profissional. Seu prestígio na Fórmula 1 demonstra isso”, disse o chefe da Hispania, Colin Kolles.

Levando em consideração o fato da Hispania ter sido, nestas duas temporadas de existência, uma equipe mais próxima da GP2 do que da F-1, é difícil imaginar uma enorme revolução para 2012. A experiência de Pedro por seus anos de McLaren poderá ajudar a Hispania a diminuir o abismo para as demais equipes, a começar pelas demais “pequenas” Marussia e Catherham. Imaginar algo além disso é, basicamente, utopia.

GP do Japão: Aquecimento

Neste final de semana, o circuito de Suzuka abrigará o  GP do Japão, décima quinta etapa do Mundial de F-1 deste  ano.

O circuito
O circuito de Suzuka, construído em 1962 como uma pista  de testes de propriedade da Honda, é o único traçado da  F-1 em forma de 8, com os pilotos passando por um túnel  pela parte inferior e uma ponte na parte superior.

Cada volta em Suzuka soma 5,807 metros, em um traçado  com curvas de alta, onde os pilotos atingem a aceleração  máxima em 67% do percurso. Serão 53 voltas, totalizando  307,573 km de extensão e 42 trocas de marcha por volta em  suas 17 curvas, sendo a maioria para a esquerda.

Após dois anos fora do calendário, com o GP do Japão  sendo realizado em Fuji, Suzuka passou por obras para  melhor atender as exigências de Bernie Ecclestone. O  circuito japonês ficou fechado por mais de seis meses
para grandes reformas nas arquibancadas,  estacionamentos, boxes e pit lane.

GP_Japao

Em 2008
Disputado no Circuito de Fuji, de propriedade da Toyota,  o GP do Japão de 2008 foi vencido por Fernando Alonso,  em um GP em que os favoritos envolveram-se em incidentes  durante a corrida que beneficiaram o espanhol.

Lewis Hamilton, então líder do campeonato, largou na  pole, com Kimi Raikkonen em segundo e com Felipe Massa,  o outro postulante ao título, apenas na quinta  colocação. Porém, Hamilton colocou tudo a perder quando forçou após a largada para manter a liderança e  acabou fora da pista com Kimi Raikkonen. Após o  incidente, a ordem após a primeira volta era Kubica, Alonso, Kovalainen, Trulli, Massa, Hamilton e Raikkonen.

Na segunda volta, Hamilton pressionava Massa, que errou,  deixou Hamilton passar e o acertou em seqüência, fazendo  com que Hamilton rodasse.  somente na volta 17, a direção  de prova puniu os dois com drive through. Hamilton  desistiu de realizar maiores esforços depois da punição,  enquanto Massa fez uma boa corrida de recuperação para marcar um ponto, na oitava colocação.

Com uma melhor estratégia, Alonso superou Kubica nos  boxes e venceu a corrida, apesar do polonês ter um carro  muito mais equilibrado. Kubica, por sinal, foi um dos  grandes nomes do GP ao defender-se com inteligência dos
ataques de Kimi Raikkonen. Para o campeonato, a corrida  pouco modificou o cenário do duelo entre Hamilton e  Massa, e serviu apenas para trazer uma breve esperança  matemática de um título para Kubica.

História
A Fórmula-1 desembarcou no Japão pela primeira vez de  forma oficial em 1976, no circuito de Fuji. No ano  seguinte, um acidente entre Gilles Villeneuve e Ronnie Peterson causou a morte de um fiscal e de um espectador.

Com isso, entre 1978 e 1986 não houve prova no Japão,  retornando apenas em 1987 já em Suzuka. Desde então, a  prova foi realizada em todas as temporadas, sendo que em  2007 e 2008, a corrida foi realizada novamente em Fuji.

Em suas 24 edições, o maior vencedor no Japão foi  Michael Schumacher, com seis triunfos. Gerhard Berger,  Ayrton Senna, Damon Hill, Mika Hakkinen e Fernando  Alonso somaram duas vitórias cada, enquanto Mario Andretti, James Hunt, Nelson Piquet, Alessandro Nannini, Riccardo Patrese, Rubens Barrichello, Kimi Raikkonen e Lewis Hamilton venceram uma vez cada. Michel Schumacher detêm outros dois recordes no Japão: o piloto com mais
poles, impressionantes oito vezes, e o piloto com maior número de voltas mais rápidas, 4 vezes.

Entre as equipes, a McLaren venceu 8 vezes, contra 7 da Ferrari, 5 da Bennetton/Renault e 3 da Williams. A Lotus foi vencedora apenas uma vez, na edição de estréia com Mario Andretti.

Para os brasileiros, o GP do Japão guarda boas lembranças. Além das vitórias de Senna, Piquet e Barrichello, Suzuka foi palco da confirmação de quatro
títulos, sendo os três de Ayrton e o último de Nelson. A festa no Japão não se restringe aos brasileiros: James Hunt em 1976, Prost em 1989, Damon Hill em 1996, Schumacher em 1997, Hakkinen em 1998 e 1999, Schumacher
em 2000, 2002 e 2003.

GPs Eternos
O GP do Japão, mais precisamente Suzuka, foi palco de corridas memoráveis que decidiram muitos títulos em suas 24 edições. Porém, é difícil lembrar-se de algum momento que tenha sido superior ao ocorrido em 30 de Outubro de 1988. À época, Alain Prost e Ayrton Senna duelavam pela conquista do título. As duas McLarens eram infinitamente superiores aos demais carros do grid, e os dois companheiros de equipe ocupavam as duas primeiras colocações no grid de largada.

No momento da largada, o motor da McLaren de Senna apagou. Senna conseguiu o religar, mas tinha caído para a 14ª colocação. Aparentemente, o sonho do primeiro título para o brasileiro havia acabado, mas Ayrton iniciou imediatamente uma reação meteórica: passou seis carros na primeira volta e foi reduzindo volta a volta o número de adversários à sua frente. Em menos de 20 voltas, havia ultrapassado Prost e liderava a prova, marcando voltas rápidas em seqüência, rumo à vitória e ao título. Um momento histórico da Fórmula-1.

Programação para o GP do Japão – Circuito de Suzuka
1ª Sessão de treinos livres: 01/10, às 22h
2ª Sessão de treinos livres: 02/10, às 2h
3ª Sessão de treinos livres: 02/10, às 23h
Treino Oficial: 03/10, às 2h
Corrida: 04/10, às 2h
* Horários de Brasília

Pilotos: Fernando Alonso – Novo Schumacher?

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Ainda não é oficial, mas é apenas uma questão de dias para Fernando Alonso ser oficializado como novo piloto da Ferrari. Os detalhes do contrato, que estaria assinado desde o ano passado, apontam para um salário anual de 25 milhões de euros, com duração de cinco anos e opção para mais um. Além disso, Alonso indicou uma série de profissionais que formarão seu staff particular, engenheiros e técnicos da McLaren, Renault e Red Bull.

A Ferrari repete, obviamente, a receita que tirou a scuderia do ostracismo nos anos 90 e a transformou em uma equipe sem rivais à altura quando fez uma aposta de longo prazo semelhante em Michael Schumacher e seu staff de confiança. À época, aos 27 anos, Schumacher era bicampeão e considerado o melhor piloto do grid, tendo como grande rival o finlandês Mika Hakkinen, e também o desafeto Damon Hill, inglês.

Pode-se notar, certamente, uma série de coincidências entre os dois capítulos. A começar pelo fato de Schumacher e Alonso terem tido seus primeiros momentos de brilho na Benetton/Renault, equipes comandadas por Flávio Briatore, incentivador de ambos no início de suas carreiras na F-1. Outra coincidência interessante dá-se pelo fato de Alonso ter como grande desafeto outro inglês, Lewis Hamilton, e seu grande rival em termos de talento ser Kimi Raikkonen, finlandês.

Curiosidades a parte, Fernando Alonso, aos 28 anos, é o melhor piloto do grid atual da F-1, em desenvolvimento e pilotagem. Mesmo com uma combalida Renault, segue obtendo bons resultados, e poderia até mesmo ter sido tricampeão, não fosse a má vontade da McLaren para com o espanhol em 2007. Na McLaren, Alonso encontrou uma equipe focada em Lewis Hamilton, e agora será a vez de Felipe Massa lidar com situação semelhante, já que Alonso chega com status de primeiro piloto. Neste sentido, ao menos, a convivência deve ser mais amistosa.

A aposta da Ferrari em Schumacher pagou-se com juros, depois de cinco títulos com o alemão e a construção de uma estrutura sólida para os anos seguintes. Alonso, o responsável justamente por quebrar a hegemonia de Schumacher, tem em suas mãos a oportunidade de repetir e até mesmo superar os sete títulos do alemão, caso cumpra os seis anos de contrato com a Ferrari. Parece uma tarefa impossível, mas ninguém imaginava que, um dia, a F-1 moderna veria um piloto ser sete vezes campeão. É improvável, mas não impossível. Cabe agora a Alonso o fardo de ser, para a Ferrari, o novo Schumacher. E, quem sabe, para a história da Fórmula-1 também.

GP de Cingapura: Caso Encerrado

Após denúncias, acusações e especulações, finalmente o caso de manipulação de resultado envolvendo a Renault no GP de Cingapura de 2008 chegou ao seu fim. A FIA divulgou nesta segunda-feira as punições para os envolvidos e, dentro de um cenário realista, ficou a sensação de que foram tomadas as medidas cabíveis.

Flávio Briatore foi banido da Fórmula-1 e de qualquer outra competição gerida pela FIA. Não poderá sequer comparecer os autódromos e os pilotos que são agenciados pelo italiano, como Alonso, Webber e Kovalainen, terão de buscar outro empresário sob pena de não terem suas licenças renovadas. Briatore é o ponto crucial deste caso, e certamente a grande motivação da investigação realizada pela FIA (leia-se Max Mosley). É uma última vitória moral para o presidente da Federação, que viu grande parte dos seus desafetos caírem recentemente.

Pat Symonds teve punição semelhante, mas que vigorará por penas cinco anos. Sua confissão, ainda que não tenha sido integral, foi o suficiente para a FIA puni-lo de forma mais branda. Symonds declarou estar arrependido, enquanto Briatore segue negando o óbvio. Portanto, a FIA decidiu ser apropriado não punir de forma igual casos diferentes.

Fernando Alonso foi considerado inocente. Difícil imaginar que Alonso não soube do que aconteceu, antes ou depois. Afinal, sua estratégia para o GP não fazia o menor sentido dentro de uma corrida normal. Por outro lado, Alonso não teria nenhuma vantagem clara em idealizar tal manobra, já que estava fora da luta pelo título. De uma forma ou outra, é curioso notar que o espanhol está sempre cercado por ações duvidosas e eventos de caráter duvidoso.

Nelsinho Piquet, por sua vez, admitiu que sua colisão foi premeditada e proposital, mas como denunciou o esquema, não recebeu qualquer punição. Esta, certamente já lhe está garantida pelas demais equipes do grid, que só o aceitarão mediante uma enorme contribuição financeira. Afinal, sua desgastada imagem não é a que os patrocinadores buscam neste momento, e Nelsinho pouco mostrou nas pistas que valha um grande esforço por alguma equipe para contratá-lo.

A equipe Renault recebeu uma suspensão de dois anos, mas que será aplicada somente em caso de reincidência, uma vez que a equipe tomou as medidas necessárias contra os envolvidos, demitindo-os antes do julgamento da FIA. Uma estratégia simples e certeira, visando uma menor degradação da marca pelo envolvimento no episódio. Aqui, houve muita controvérsia pela não aplicação de ao menos uma multa à equipe francesa, mas cabe uma reflexão: multas nunca servem para ensinar nada a ninguém, apenas recheando os já recheados cofres das entidades. Não iria mudar nada, portanto. Até porque, nos tempos atuais, uma eventual multa pesada representaria a demissão de funcionários ou fechamento de fábricas para compensação, o que significa punição para empregados que estão longe do caso.

Agora, falta apenas ligar o último ponto: porque real motivo Nelsinho teria sido obrigado a colidir? Com Alonso fora de qualquer disputa no campeonato, não seria nenhum beneficiamento para a equipe na luta pelo título. As suspeitas de um esquema de apostas crescem, e seria irrealista imaginar que pessoas planejassem algo que poderia lhes causar riscos, tanto físicos quanto profissionais, sem ganhar absolutamente nada em troca. Nelsinho teve seu contrato renovado, mas o que ganharam Briatore e Symonds? Certamente, o troféu para a equipe vencedora não é a resposta mais apropriada.

Pilotos: Giancarlo Fisichella

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Kimi Raikkonen venceu o GP da Bélgica, mas certamente quem obteve o maior brilho foi Giancarlo Fisichella. Guiando uma surpreendente Force India, Fisichella fez a pole e chegou em segundo, pressionando o finlandês por toda a corrida. Poucos dias depois, na mesma semana, foi anunciado como substituto de Felipe Massa até o final da temporada e como piloto reserva em 2010 da Ferrari.

O italiano, obviamente, vive a expectativa de concretizar um sonho de todos os garotos de seu país: guiar uma Ferrari em Monza. Porém, não será a primeira vez que ele sentará-se em um cockpit vermelho.

Os testes de 1995 em Fiorano
Em 27 de setembro de 1995, a Ferrari realizaria uma sessão de treinos com um modelo híbrido, o 412T2, que mesclava o chassi utilizado em 1995, mas com o motor V10 que seria utilizado em 1996, substituto do tradicional V12.

Naquela ocasião, nove pilotos efetuaram testes com o 412T2. Além das duplas titulares de 1995 e 1996, Jean Alesi e Gerhard Berger e Michael Schumacher e Eddie Irvine, os italianos Luca Badoer, Nicola Larini, Pierluigi Martini, Gianni Morbidelli e Giancarlo Fisichella. Campeão da F-3 italiana em 1994, Fisichella foi convidado para a sessão de testes.

1995/2009 – 14 anos de espera para voltar à Maranello
Em 1996, Fisichella estreou na F-1 em outra equipe italiana, a Minardi. Participou das dez primeiras etapas do Mundial sem marcar pontos e foi substituído por Giovanni Lavaggi, um piloto que poderia oferecer um maior retorno financeiro para a equipe.

Em 1997, Fisichella tornou-se grande sensação ao alcançar resultados expressivos com a Jordan, marcando 20 pontos, estando em seis oportunidades na zona e pontuação, incluindo um terceiro lugar no Canadá e um segundo na Bélgica. O excelente desempenho rendeu um contrato com a Benetton.

Porém, a Benetton havia deixado as glórias recentes para trás, e Fisichella amargou quatro anos sem obter nenhuma vitória, alcançando pontuações inferiores ao seu ano na Jordan. Então, em 2002, Fisichella retornou para a Jordan, que havia firmado uma promissora parceria com a Honda que não obteve bons resultados, somando apenas sete pontos.

Em 2003, ainda na Jordan, Fisichella obteve a primeira vitória de sua carreira no caótico GP do Brasil, quando apenas dois carros cruzaram a linha de chegada. A vitória foi circunstancial, e Fisichella assinou com a Sauber para 2004, onde somou 22 pontos em uma temporada onde primou pela regularidade: apenas um abandono.

Fisichella assinou com a Renault, onde teria a grande chance de sua carreira para brigar pelo título. Havia no caminho, no entanto, Fernando Alonso. Campeão em 2005 e 2006, o espanhol foi apenas escoltado pelo italiano, que somou vitórias apenas na Austrália e na Malásia. Com a saída de Alonso para a McLaren, Fisichella tornaria-se o primeiro piloto da equipe e teria, em 2007, a condição de postulante real ao título.

A Renault, porém, não encontraria a mesma competitividade dos anos anteriores, deixando Fisichella com apenas 21 pontos, nenhum pódio na temporada e a saída pela porta dos fundos. Visto com desconfiança e tido como virtual aposentado, Fisichella tornou-se piloto da Force India, que estrearia modestamente em 2008.

Desde então, foram corridas no fundo do grid sem nenhuma aspiração. Quando sua carreira parecia enterrada definitivamente, sua sensacional performance na Bélgica o levou para a Ferrari, que terá agora um piloto em atividade e extremamente motivado para viver os 5 GPs mais marcantes de sua vida.

Foram 14 anos de uma espera angustiante para Fisichella, que agora chega ao fim. Todos os garotos italianos, enfim, podem voltar a sonhar.

GP de Cingapura: A denúncia um ano depois

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Após a vitória de Kimi Raikkonen no GP da Bélgica, a Fórmula-1 desviou suas atenções para a investigação da FIA a respeito do GP de Cingapura de 2008. O caso envolve uma suposta manipulação por parte da equipe Renault, que teria combinado um acidente de Nelsinho Piquet para favorecer Fernando Alonso, que venceu naquele final de semana.

Na ocasião, Fernando Alonso largou apenas em décimo quinto, e na décima segunda volta foi o primeiro a ir aos pits. Duas voltas depois, Nelsinho Piquet sofreu acidente na curva 17 e o safety car entrou na pista. Então, ocorreu a tradicional onda de pit-stops e três outros fatos que foram fundamentais para que Alonso vencesse: o erro da Ferrari no pit-stop de Felipe Massa, e as entradas de Rosberg e Kubica com o pitlane ainda fechado, rendendo punições de drive through aos dois.

Ainda na época, o acidente de Piquet levantou suspeitas, e agora todas as dúvidas são facilmente direcionadas à Flavio Briatore. Porém, até o momento não há nada além de uma suspeita e de uma investigação. Bernie Ecclestone admitiu que, caso seja confirmado o caso, o risco da Renault ser excluída da F-1 é grande e o futuro de Piquet estaria prejudicado.

Obviamente, a denúncia surgir após a demissão de Nelsinho deixa a impressão de que o brasileiro esperou por sua saída para só então falar, já que há um longo período entre o GP e a investigação. No entanto, se a intenção for prejudicar Flavio Briatore, Max Mosley agradece. Será uma excelente oportunidade para o presidente da FIA realizar seu último grande ato à frente da entidade e ainda tirar de cena um de seus maiores desafetos. Mais: seria também uma vitória moral de Mosley contra as montadoras.

Ainda há muita especulação, e novidades surgirão nos próximos dias. O súbito silêncio da Renault, Briatore e Nelsinho é intrigante. Mais um episódio de bastidores que mancha a F-1 em uma temporada já repleta de problemas.

GP da Bélgica: Aquecimento

Neste final de semana, o circuito de Spa Francorchamps abrigará o GP da Europa, décima segunda etapa do  Mundial de F-1 deste ano.

O circuito
No mais longo traçado da categoria, cada volta em Spa soma 7,004 metros, sendo o traçado mais diversificado e exigente da Fórmula-1, e por isso o preferido da maioria dos pilotos.

Serão 44 voltas, totalizando 308,052km de extensão e 52 trocas de marcha por volta em suas 19 curvas. Formado originalmente por estradas que uniam as cidade de Spa e Francorchamps, o traçado reúne curvas longas e velozes, subidas e descidas. A curva Eau Rouge é, certamente, um dos pontos altos de toda Fórmula-1.

Por sua extensão e localização, é comum chover em parte do circuito, enquanto em outra parte a pista está seca. Este fato aumenta ainda mais o nível de dificuldade de Spa e, somado ao traçado, ajuda a criar grandes corridas.

GP_Belgica

Em 2008
O GP da Bélgica de 2008 foi um dos melhores momentos de toda temporada, e certamente um dos mais controversos da história. Hamilton largou na pole, seguido de Massa, Kovalainen e Raikkonen, que tinha em Spa sua última chance de lutar pelo bi-campeonato. E o finlandês fez uma corrida brilhante na Bélgica, saltando de quatro para a primeira posição em apenas duas voltas, aproveitando um erro de Hamilton.

Então veio a chuva, Hamilton passou a atacar Raikkonen, ambos chegaram a tocar rodas e, então, veio a controvérsia: Hamilton cortou uma chicane, devolveu a posição para Raikkonen e atacou em seguida, realizando a ultrapassagem. O piloto da Ferrari forçou para retomar a ponta, mas acabou errando na pista molhada e bateu.

Hamilton venceu, com Massa em segundo, mas os comissários interpretaram que a manobra do inglês foi ilegal e o puniram com 25s, que o fizeram cair para o terceiro lugar. A decisão dos comissários dividiu opiniões, e aproximou Massa na luta pelo título, gerando revolta na McLaren e em muitos ex-pilotos.

História
O GP da Bélgica é uma das provas mais tradicionais do calendário da F-1, bem como o circuito de Spa. A Bélgica recebe provas da Fórmula-1 desde 1925, mas na época não era contabilizada oficialmente para o Mundial, fato que manteve-se até 1950.

A prova foi disputada em Spa até 1970. O circuito, considerado muito perigoso, foi substituído por Nivelles em 1972 e 74, e por Zolder, em 1973, 75, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82 e 84. O circuito de Zolder foi palco de uma das maiores tragédias do automobilismo, sendo palco da morte de Gilles Villeneuve em 1982.

Desde então 1984, Spa foi sede do GP da Bélgica em todos os anos, exceções a 2003 e 2006, quando não houve prova na Bélgica. Em 2003, por problemas com a legislação anti-tabagismo, e em 2006 por reformas no autódromo.

O recordista de vitórias na Bélgica é, claro, Michael Schumacher. O alemão soma 6 triunfos, contra 5 de Ayrton Senna e 4 de Jim Clark. Schumacher teria vencido sete vezes não fosse uma desclassificação em 1994, por uma irregularidade no assoalho de sua Benetton. No grid atual, apenas Kimi Raikkonen, três vezes, e Felipe Massa, no tapetão em 2008, venceram. Além de Senna e Massa, Emerson Fittipaldi venceu as duas provas em Nivelles, em 1972 e 1974.

Ayrton Senna e Juan Manuel Fangio são os que largaram mais vezes na pole, quatro vezes cada. As quatro poles de Senna foram em anos consecutivos, de 1988 a 1991. Por outro lado, o grande rival de Ayrton, o francês Alain Prost, é o detentor do recorde de voltas mais rápidas: seis vezes.

Entre as equipes, um amplo domínio das duas maiores escuderias: a Ferrari tem onze vitórias, enquanto a McLaren tem dez. A extinta Lotus teve oito triunfos na Bélgica.

GPs eternos
Um dos melhores GP’s da era moderna disputado em SP ocorreu em 2000. Mika Hakkinen e Michael Schumacher disputavam o título em uma temporada amplamente dominada pela dupla Ferrari e McLaren. Hakkinen foi o pole, e Schumacher era apenas o quarto no grid, atrás das surpresas Trulli e Button. A chuva chegou no domingo, forçando uma largada sob safety car. Após o início da prova sem o carro de segurança, Mika Hakkinen passou a abrir vantagem, com Schumacher preso atrás de Trulli e Button. Com a colisão de ambos na La Source, Schumacher teve o caminho aberto na segunda posição.

A pista começou a secar, e Schumacher passou a diminuir a distância com facilidade. Quando Hakkinen cometeu um erro e rodou, o alemão teve a oportunidade de assumir a liderança e abrir vantagem, já que seu carro tinha um acerto para pista molhada e Schumacher aproveitava os pontos molhados da pista para acelerar. Tudo mudou após a parada nos pits. Todos trocaram para pneus para pista seca, e então a vantagem passou a ser do finlandês, que tinha um acerto para pista seca. Hakkinen aproximou-se de Schumacher, que impediu a ultrapassagem em um primeiro momento com pouca gentileza. Porém, há quatro volta do fim, Hakkinen executou talvez a manobra mais brilhante de sua carreira, quando ambos aproximaram-se de Ricardo Zonta, Schumacher o ultrapassou pela esquerda e Hakkinen pela direita, deixando o alemão para trás e rumando para a vitória.

Em 1998, ocorreu o mais imprevisível GP da Bélgica. Após a largada sob chuva, treze carros envolveram-se um acidente, paralisando a prova por mais de uma hora. Depois, mais colisões envolvendo Hakkinen e Herbert, Coulthard e Wurz, Schumacher e Coulthard (novamente). Ao final do GP, apenas oito carros completaram a prova, com uma improvável dobradinha da Jordan, com Damon Hill e Ralf Schumacher. Além da dupla, a zona de pontos foi complementada com outras zebras: Alesi (Sauber), Frentzen (Williams), Diniz (Arrows) e Trulli (Peugeot).

O GP da Bélgica teve outros grandes momentos, como em 1995, quando Schumacher segurou Hill e venceu na chuva com pneus slick, tendo largado na 16ª posição, ou a troca de socos entre Mansell e Senna em 1987, quando ambos chocaram-se após uma segunda largada.

Programação para o GP da Bélgica – Circuito de Spa Francorchamps
1ª Sessão de treinos livres: 28/08, às 5h
2ª Sessão de treinos livres: 28/08, às 9h
3ª Sessão de treinos livres: 29/08, às 6h
Treino Oficial: 29/08, às 9h
Corrida: 30/08, às 9h
* Horários de Brasília

GP da Europa: Aquecimento

Neste final de semana, o circuito de rua de Valência abrigará o GP da Europa, décima primeira etapa do  Mundial de F-1 deste ano.

O circuito
São 5,440 metros por volta, em um traçado sinuoso e veloz. Serão 57 voltas, totalizando 310,080km de extensão e 74 trocas de marcha por volta em suas 25  curvas. O traçado permite velocidades médias próximas a 200km/h, mas tem pelo menos cinco freadas fortes em que  os pilotos reduzem de 300 para menos de 100.

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Em 2008
O GP da Europa de 2008 foi também realizado em Valência,  culminando com um final de semana perfeito para Felipe Massa. Em sua 100ª participação em GPs, fez a pole, volta mais rápida e venceu a corrida sem sustos. Hamilton e Kubica completaram o pódio de um GP sem grandes emoções.

História
O GP da Europa é uma prova itinerante, ou seja, não tem uma sede fixa. É um GP integrante do calendário da F1  desde 1983, com um intervalo entre 1986 e 1992 e uma ausência em 1998. Além das ruas de Valência, o GP da Europa ocorreu também em Brands Hatch (02 vezes), Nurburgring (12 vezes), Donington (01 vez) e Jerez (02 vezes).

O recordista de vitórias no GP da Europa é Michael Schumacher, com seis triunfos. Fernando Alonso soma duas vitórias, e as dez corridas restantes tiveram vencedores diferentes. Para os brasileiros, vitórias com Nelson Piquet em 1983 (Brabham-BMW), Ayrton Senna em 1993 (McLaren-Ford), Rubens Barrichello em 2002 e Felipe Massa em 2008 (ambos de Ferrari).

Entre as equipes, a Ferrari soma seis vitórias, contra quatro da McLaren e três da Williams.

GPs eternos
O Grande Prêmio da Europa foi cenário de um dos momentos mais marcantes da história da Fórmula-1:  Donington Park, em 1993.

Na ocasião, Ayrton Senna foi protagonista de um espetáculo após a largada, tendo ganhado cinco posições na primeira volta, em uma McLaren muito inferior às Williams de Prost e Hill e à Benetton de Schumacher. Com um tempo instável, alternando chuva e pista seca, Senna conseguia ser mais rápido com pneus para pista seca enquanto Prost usava pneus para pista molhada debaixo de chuva. Com seguidas paradas no pit-stop, houve intensa troca de posições, mas Senna venceu com quase uma volta de vantagem para Hill, o segundo. Para Senna, uma vitória espetacular que serviu para aumentar ainda mais a aura que o brasileiro tinha de vencer quando parecia impossível.

Em 1999, no circuito de Nurburgring, o GP da Europa viveu outro grande momento em mais um final de semana com tempo instável e surpresas. À época, Irvine, Hakkinen e Frentzen disputavam o título enquanto Schumacher recuperava-se de seu grave acidente em Siverstone.

Para resumir o show de erros, a McLaren erra no pit de Hakkinen; Frentzen, Coulthard e Fisichella erram quando lideravam; e Ralf Schumacher tem seu pneu furado. Com isso, Jhonny Herbert, que havia largado em 14º, assume a liderança e obtêm a primeira e única vitória da equipe Stewart. O GP de 1999 também marcou o único grande momento de Luca Badoer, quarto colocado, quando sua Minardi quebrou a poucas voltas do fim. Em uma das mais marcantes cenas da F1 pós-Senna, ele chora desolado sendo consolado por um fiscal de pista.

Programação para o GP da Europa – Circuito de Valencia
1ª Sessão de treinos livres: 21/08, às 5h
2ª Sessão de treinos livres: 21/08, às 9h
3ª Sessão de treinos livres: 22/08, às 6h
Treino Oficial: 22/08, às 9h
Corrida: 23/08, às 9h
* Horários de Brasília

Pilotos: Romain Grosjean

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Com a demissão de Nelsinho Piquet, era apenas uma questão de tempo para a Renault anunciar Romain Grosjean, 23 anos, como o substituto para o restante da temporada. A decisão da equipe francesa é clara e óbvia, e foi retardada apenas por conta da suspensão à equipe para o GP da Europa, que foi retirada nesta segunda-feira.

Grosjean nasceu em Genebra, na Suíça, mas é naturalizado francês. Em 2003, aos 17 anos, venceu todas as dez etapas da Fórmula Renault 1.6 da Suíça e transferiu-se para a Fórmula Renault Francesa em 2004. Foi apenas o sétimo em sua temporada de estréia conquistando um triunfo, mas foi campeão da categoria em 2005 com dez vitórias. Naquele mesmo ano, Grosjean pilotou na Renault Eurocup e chegou ao pódio duas vezes em Valencia.

Com base nestes resultados obtidos na Formula Renault series, Romain foi convidado pela Renault para participar de seu programa de desenvolvimento de pilotos. No ano de 2006, Grosjean avançou para a Fórmula-3 Euroseries, mas teve um duro ano de estréia, com apenas um pódio e encerrando o ano em 13º lugar na classificação. Grosjean continuou na F-3 em 2007, mas mudou-se para a equipe ASM, que havia coroado Lewis Hamilton como campeão. Grosjean superou Sébastien Buemi, que liderou o início do campeonato, e sagrou-se campeão com uma corrida de antecipação.

Com o título, Grosjean avançou para a GP2, onde tornou-se piloto da ART Grand Prix e, ao mesmo tempo, foi confirmado como piloto de testes da Renault na Fórmula-1. A temporada 2008 da GP2 foi dividida em duas partes: a GP2 Asian Series, de janeiro à abril, e a GP2 Series, de abril à setembro.

Na GP2 Asian Series, Grosjean sagrou-se campeão com quatro vitórias e 61 pontos, contra 37 de Buemi, o segundo colocado. Já na segunda parte, a GP2 Series, Grosjean foi o quarto na classificação com 62 pontos, treze abaixo do campeão Giorgio Pantano.

Em 2009, pilotando pela Campos, Grosjean era o segundo na classificação, com duas vitórias e 45 pontos, doze abaixo do alemão Nicolas Hulkenberg. Porém, Grosjean viveu momentos opostos, com suas duas vitórias opondo-se a alguns incidentes infantis. Na Hungria, após colisão com Franck Perera da qual foi culpado, Grosjean chegou a declarar que era “o melhor piloto do grid”. Portanto, sua saída da GP2 não deixou saudade para alguns de seus companheiros, que o consideravam arrogante demais.

Como terceiro piloto da Renault em 2009, sua indicação era óbvia. Neste ano, participou de todas as reuniões da equipe e esteve presente em todos os GPs, tendo testado o R29 em linha reta, a única possibilidade com a proibição dos testes.

“Estou muito empolgado e quero agradecer à equipe por me dar essa chance. Eu comecei a sonhar com a Fórmula 1 quando tinha sete ou oito anos de idade e quando assisti batalhas entre Alain Prost e Ayrton Senna pela televisão. Meu objetivo sempre foi chegar a ser piloto de Fórmula 1 e fazer isso com uma equipe francesa torna especial. A Renault me apóia desde 2006 e foi apenas com sua ajuda que eu pude continuar correndo. Há talvez um pouco mais de atenção porque as pessoas esperavam por um piloto francês na Renault e eu farei o meu melhor para mostrar o que eles acertaram por acreditarem em mim”, disse o piloto francês, após a confirmação da equipe.

Romain Grosjean terá o restante da temporada para provar que tem condições de seguir na equipe em 2010. Competir com Fernando Alonso é uma experiência dura, mas Grosjean tem ao seu lado a sorte de substituir alguém cujos resultados foram pífios. Ou seja, pior do que estava é difícil ficar.

Pilotos: Despendurando as chuteiras

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Michael Schumacher esteve próximo de retornar às pistas, mas as fortes dores em seu pescoço o fizeram abandonar, ao menos temporariamente, sua volta a um cockpit de um Fórmula-1. No entanto, na história da F-1, há uma série de pilotos que abandonaram as tardes em casa brincando com os cachorros para brilhar novamente (ou não) nos circuitos.

Alain Prost
Tricampeão da F-1 em 1985, 1986 e 1989, o francês deixou a categoria em 1991. Porém, sua temporada “sabática” em 1992 foi por motivos contratuais.

Prost tinha contrato com a Ferrari até o fim de 1992, mas acertou com a Renault, que havia sido sua segunda equipe na F-1 e passara a ser fornecedora de motores da Williams. Uma cláusula contratual com a Ferrari o impedia de competir por outro time, e ninguém em Maranello estava disposto a fazer favores ao francês após as críticas de Prost à imprensa sobre a Ferrari (sem vencer nenhum GP em 1991, Prost declarou que era mais fácil dirigir um caminhão do que sua Ferrari).

Então, Alain Prost retornou apenas em 1993, aos 38 anos, guiando a Williams para vencer sete corridas, conquistar seu quarto título e aposentar-se definitivamente ao fim daquela temporada.

Juan Manuel Fangio
Em 1951, seu segundo ano na Fórmula 1, o argentino sagrou-se campeão. Em 1952, o campeonato foi disputado sob especificações que a Alfa Romeo não aceitou e decidiu não inscrever seus carros para a temporada, deixando Fangio a pé.

Em Monza, Fangio aceitou correr pela Maserati, mas seu retorno durou apenas duas voltas. Fangio perdeu o controle de seu carro e sofreu um grave acidente, permanecendo 40 dias hospitalizado e seis meses com o pescoço imobilizado por um colarinho de gesso

Em 1953 retornou para conquistar outros quatro títulos, sagrando-se penta aos 46 anos.

Niki Lauda
Campeão da F-1 em 1975 e 1977, o piloto austríaco saiu da categoria em 1979, aos 30 anos, para retornar três anos depois.

Ao fim da temporada de 1979, Lauda comunicou ao então dono da Brabham, Bernie Ecclestone, seu desejo de aposentar-se imediatamente, pois estava cansado de correr em círculos. O austríaco havia fundado uma companhia aérea, tendo retornado ao seu país para dedicar-se exclusivamente ao seu empreendimento.

No entanto, seu tino comercial não era condizente com seu talento nas pistas, e a Lauda Air estava próxima da falência. Precisando de dinheiro, Lauda retornou em 1982 pela McLaren, tendo conquistado seu terceiro título em 1984 e aposentando-se no fim do ano seguinte.

Nigel Mansell
O inglês faturou seu único título da categoria em 1992, guiando uma Williams, e deixou a Fórmula 1. Sua saída era uma das exigências contratuais de Alain Prost, bem como a não contratação de Ayrton Senna.

Mansell mudou-se para a CART, guiando pela equipe Newman/Haas, onde se sagrou campeão logo em sua temporada de estréia. Com o falecimento de Senna, a Williams ofereceu um alto salário para que Mansell retornasse, operação que contou com a ajuda de Bernie Ecclestone para romper o contrato de Mansell nos Estados Unidos.

Mansell fez quatro corridas na Williams e venceu o GP da Austrália. Em 1995 mudou-se para a McLaren, já na terceira etapa, no GP de San Marino, mas na corrida seguinte, na Espanha, deu adeus a F-1, aos 41 anos. No final de 1996, Mansell testou com a Jordan. Sua forma arredondada e os resultados ruins impediram um segundo retorno.

Alan Jones
Após conquistar o título em 1980, o australiano deixou a F-1 no fim de 1981 e retornou duas vezes, a primeira em 1983, quando disputou um GP pela Arrows, e a segunda em 1985, tendo disputado as últimas cinco etapas e a temporada seguinte completa pela Beatrice (Lola-Haas). Chegou aos pontos apenas duas vezes, e seu melhor resultado foi um quarto lugar na Áustria.

Phil Hill

Campeão pela Ferrari em 1961, o piloto americano teve o seu ano sabático em 1965 e voltou para apenas uma corrida pela equipe Eagle, no GP da Itália, em que acabou abandonando a prova.

Além dos campeões – Outros pilotos tentaram retornar à  F-1 sem sucesso. Mike Hailwood, Jean-Pierre Jabouille e Karl Wendlinger são outros exemplos de pilotos que não foram lá muito felizes em seus regressos.