GP da Malásia: Aquecimento

Neste final de semana, o Circuito Internacional de Sepang, projetado por Hermann Tilke, abrigará o GP da Malásia, segunda etapa do Mundial de F-1 deste ano.

O circuito
Em uma das corridas de maior calor e umidade, com temperaturas que costumam ultrapassar os 40°C, o Grande Prêmio da Malásia raramente não vivencia boas corridas, proporcionadas também por um dos asfaltos mais abrasivos do calendário.

Cada volta em Sepang soma 5,543 metros, em um circuito de média para alta velocidade, sobretudo por suas duas longas retas paralelas, que contribuem para que os pilotos atinjam a aceleração máxima em 65% do percurso. Neste domingo, serão 56 voltas, totalizando 310.408km de extensão em 60 trocas de marcha por volta em suas quinze curvas em sentido horário.

Segundo a meteorologia local, para esta final de semana a previsão é de chuva, com temperaturas entre 23° e 32º graus. As chuvas torrenciais ocorrem geralmente no final do dia e eventualmente causam problemas para os pilotos, como em 2009, quando a corrida foi interrompida.

O ponto de ativação do DRS será na Reta de Largada/Chegada, e o ponto de detecção estará na reta anterior, onde há uma das mais bruscas desacelerações da F-1: antes da curva 15, de mais de 300Km/h em sétima marcha na reta para apenas 80Km/H em segunda.

Em 2011    
O GP da Malásia de 2011 comprovou o domínio de Sebastian Vettel, com sua segunda pole e vitória seguidas. Na classificação, Vettel superou Hamilton por apenas 0s104 para assegurar a pole position, que lhe proporcionaria uma vitória tranquila na corrida, sobretudo após a largada, quando Nick Heidfeld pulou de sexto para segundo. Após nove voltas, Vettel tinha confortável vantagem de mais de 5 segundos, mesmo enfrentando problemas em seu KERS.

Heidfeld perdeu a segunda colocação para Hamilton na primeira janela de pit stops, que então manteve-se no ritmo de Vettel. Hamilton fez sua segunda parada na 24ª volta e apostou em uma tática diferente: colocou os pneus duros. Vettel entrou na seguinte e manteve os macios em seu carro. A McLaren tentava apostar em ter os compostos mais rápidos no carro do inglês na parte final da corrida. Só que o campeão de 2008 perdeu rendimento na metade da corrida, o que permitiu a chegada de Button e Alonso.

Em primeiro, Vettel mantinha a vantagem sobre Hamilton, mas a RBR pediu pelo rádio que ele não usasse o Kers, por receio da durabilidade do equipamento. Button, que vinha em segundo, recebeu ordens para acelerar e tentar reduzir a vantagem do alemão. A última rodada de pit stops começou na 38ª volta, com a entrada de Hamilton. O inglês repetiu os pneus duros. Ele acabaria perdendo a posição para o companheiro Button, que ganhou tempo na pista e a segunda posição após as paradas. Vettel entrou na 42ª e manteve a ponta com muita tranquilidade, mais de sete segundos à frente.

Alonso fez a parada também na 42ª e voltou muito próximo de Hamilton, que perdia rendimento. O espanhol tinha problemas em sua asa móvel, que não funcionava a contento, mas tentou a ultrapassagem na 46ª. Entretanto, ele cometeu um erro, acertou o pneu traseiro direito do rival e quebrou sua asa dianteira. O incidente acabou forçando mais uma entrada nos boxes. Enquanto isso, Hamilton tinha problemas de pneu, deu uma escapada e perdeu posições para Webber e Massa. O inglês teve de fazer uma parada extra na 53ª para colocar novos compostos e terminar a corrida. Com isso, ele caiu para a sétima posição.

Na frente e sem chuva, que não passou de uma ameaça ao longo da prova, Vettel apenas administrou a boa vantagem para Button nas últimas voltas e venceu com tranquilidade pela segunda vez seguida na temporada. Webber ainda tentou pressionar Heidfeld pelo terceiro posto, mas o alemão se manteve à frente e subiu ao pódio pela primeira e única vez no ano.

História
o GP da Malásia faz parte do calendário oficial da Fórmula-1 desde 1999, quando Eddie Irvine (Ferrari) disputava o título com Mika Häkkinen (McLaren), na temporada em que Michael Schumacher sofreu o mais grave acidente de sua carreira em Silverstone e passou a auxiliar Irvine após seu retorno. Schumacher voltou às pistas justamente na Malásia, então penúltima etapa do campeonato, fez a pole e liderava a corrida quando entregou a vitória para Irvine seguir na luta pelo título, com quatro pontos de vantagem para Häkkinen, que acabaria bicampeão no Japão com a vitória e um terceiro lugar de Irvine.

Michael Schumacher é o maior vencedor, com triunfos em 2000, 2001 e 2004. Alonso, Raikkonen e Vettel tem duas vitórias cada, Button, Fisichella e Ralf Schumacher venceram uma cada, além do já citado Eddie Irvine. Schumacher é também o piloto com maior número de Poles: foram cinco, sendo quatro seguidas de 1999 até 2002, e 2004. O colombiano Juan Pablo Montoya é o detentor da melhor volta do Circuito, tendo cravado 1m34s223 em 2004. O recorde de velocidade pertence ao alemão Adrian Sutil, que atingiu 311.4km/h com sua Force India em 2011.

Programação para o GP da Malásia  – Circuito Internacional de Sepang
1ª Sessão de treinos livres: 22/03, às 23h
2ª Sessão de treinos livres: 23/03, às 3h
3ª Sessão de treinos livres: 24/03, às 2h
Treino Oficial: 24/03, às 5h
Corrida: 25/03, às 5h
* Horários de Brasília

Toro Rosso anuncia substituição de sua dupla

Na tarde desta quarta-feira, a Toro Rosso anunciou sua dupla oficial para a temporada 2012 da F-1, composta por Daniel Ricciardo e Jean-Éric Vergne, dois pilotos do programa de desenvolvimento da Red Bull. Buemi e Alguersuari foram dispensados e engrossam a lista dos postulantes às escassas vagas restantes.

Como a Red Bull terá uma vaga em aberto para 2013 com a (muito) provável saída de Mark Webber, a mudança significa que os pilotos que estavam desde 2009 na equipe satélite não são considerados suficientemente capazes de acompanhar Vettel, até hoje único piloto da dupla Red Bull/Toro Rosso que conseguiu realizar a transição.

Agora, restam apenas as 2 vagas na Force India e uma na Hispania e Williams. Serão então quatro vagas para 8 candidatos: Bruno Senna, Rubens Barrichelo, Adrian Sutil, Vitaly Petrov, Paul di Resta e Nico Hulkenberg, além dos novos desempregados Buemi e Alguersuari.

O Ano de 2011 fez alguns outros desempregados na F-1, esses totalmente descartados: Liuzzi, Chandhok, Karthikeyan, D’Ambrosio e Heidfeld – Di Grassi poderia ser contabilizado também, afinal mesmo como piloto de testes da Pirelli durante a temporada, não conseguiu estar próximo de uma vaga.

A Volta de Kimi: Recorde de Campeões

Com o anúnico do retorno de Kimi Raikkonen, pela primeira vez uma temporada da F-1 reunirá seis campeões: além do finlandês, o hepta Michael Schumacher, os bicampeões Sebastian Vettel e Fernando Alonso e os detentores de um título Lewis Hamilton e Jenson Button.

Além disso, a F-1 terá em 2012 todos os campeões da última década (e do século, obviamente). Schumacher (2000-2004), Alonso (2005-2006), Kimi (2007), Hamilton (2008), Button (2009) e Vettel (2010-2011).

A longevidade de Michael Shumacher colabora para a obtenção desta marca, claro, mas é uma curiosidade que comprova outro fato da F-1 recente: a limitação de testes mantêm os veteranos na categoria e possibilita a concentração dos títulos – nestes últimos doze anos, apenas seis pilotos conquistaram todos os títulos.

GP do Brasil: A Corrida

Interlagos foi novamente palco da definição do campeão da temporada de Fórmula-1. Após festas para Fernando Alonso, Kimi Raikkonen e Lewis Hamilton, o GP do Brasil consagrou Jenson Button como campeão, o 31º da história da categoria.

Para isso, Button contou com uma série de acidentes à sua frente, bem como realizou ultrapassagens importantes para chegar aos pontos que lhe eram necessários. Como o inglês havia declarado no sábado, seria necessária uma corrida dos infernos.

A largada transcorreu sem maiores incidentes, com Barrichello e Webber mantendo a liderança e Raikkonen pulando para terceiro. E então veio a reta oposta: O finlandês tentou ultrapassar o australiano, mas Webber fechou a porta e quebrou a asa dianteira da Ferrari. No fundo do grid, Fisichella e Kovalainen se tocaram. Duas curvas mais tarde, Trulli forçou para ultrapassar Sutil e o acertou, que perdeu o controle de sua Force India e acertou Alonso.

Safety car na pista, e quatro carros a menos na frente de Button, agora o nono – e também de Robert Kubica, que pulou para terceiro. Kovalainen e Raikkonen entraram nos pits, Kovalainen saiu com a mangueira de abastecimento engatada bem à frente do finlandês. O combustível vazando voou na Ferrari, que virou uma bola de fogo por alguns segundos.

O safety car permaneceu na pista por quatro voltas, e a relargada ocorreu sem problemas. Barrichello não abriu vantagem suficiente para voltar de seu pit na liderança, muito por conta do safety car. Acabou ultrapassado por Webber e Kubica e voltou à frente de Hamilton, que o pressionava.

Enquanto isso, Button ultrapassou Nakajima, Buemi e Kobayashi, com quem travou um belo duelo – o estreante da Toyota ainda duelou com Nakajima, tendo defendido a posição após dividir uma série de curvas com o compatriota.

As chances de Barrichello no campeonato já não existiam após a segunda rodada de pits, com o brasileiro em terceiro e Button em sexto. Um pneu furado de Barrichello forçou um terceiro pit, deixando o piloto da Brawn em oitavo lugar. Button subiu para quinto e cruzou a linha de chegada comemorando seu título. Webber venceu a prova com tranquilidade, seguido de Kubica, Hamilton e Vettel.

Em duas semanas, o encerramento da temporada em Abu Dhabi.

GP do Brasil: Treinos Livres e Treino Oficial

Na primeira sessão de treinos em Interlagos, na sexta-feira pela manhã, foi possível verificar a instabilidade climática que cerca o autódromo. Pista seca, garoa, pista molhada, pista secando, um misto de trechos secos e outros molhados. Com o asfalto frio, a Red Bull teve melhor rendimento, com Webber e Vettel liderando quase toda a sessão. Quase no fim, quando a temperatura subiu, Barrichello marcou o segundo tempo,  com Button em oitavo.

A segunda sessão, com pista seca, mostrou equipes buscando o melhor certo para a corrida, que teria o mesmo clima, segundo os meteorologistas. Alonso e Buemi foram os mais rápidos, com Barrichello em terceiro,  Webber em quarto, Button em quinto e Vettel em sétimo.

O treino livre de sábado serviu apenas para Grosjean destruir sua Renault. Adiado pela forte chuva, o treino teve apenas quinze minutos de duração, pois a FIA determina que exista um intervalo de duas horas entre cada sessão.

O treino oficial não foi diferente. Mesmo sob um intenso temporal, a classificação não teve seu início postergado, algo que acabou por revelar-se um erro de avaliação. Não havia condição de pilotar, com Grosjean e Fisichella rodando no S, e logo o treino então foi interrompido. Tão logo o volume de chuva diminuiu, os carros voltaram para a pista. Rosberg foi o mais rápido do Q1, seguido de Raikkonen, Kubica, Nakajima, Barrichello e Button. A chuva voltou a apertar nos minutos finais, e Vettel ficou fora, em 16º. Kovalainen, Hamilton, Heidfeld e Fisichella foram os outros eliminados.

A irritação de Vettel tinha motivo: a chuva havia voltando com força, adiando o início do Q2 em quase trinta minutos. Tão logo o Q2 começou, Liuzzi arrebentou sua Force India na reta dos boxes, paralisando o treino por um hora e onze minutos.

A chuva finalmente deu trégua às 16h10, duas horas após o início. Rosberg foi novamente o mais rápido, seguido de Webber. Button, com pneus para chuva intensa, acabou cortado em 14º, junto com Kobayashi, Alguersuari, Grosjean e Liuzzi. A pista estava secando, e todos melhoravam seus tempos após trocaram os pneus para intermediários. A Brawn não fez a troca, Button ficou fora e Barrichello acabou em 10º, escapando apenas por um erro de Kobayashi.

O Q3, com a pista secando, viu Barrichello marcar a pole, seguido de Webber, Sutil, Trulli, Raikkonen, Buemi, Rosberg, Kubica, Nakajima e Alonso. O brasileiro é o mais leve do grid. Uma estratégia válida para quem tem a última esperança de seguir lutando pelo título, sobretudo com Button largando no meio do pelotão. Webber e Sutil devem parar quatro voltas depois de Barrichello, Button larga mais pesado para adiar ao máximo sua primeira parada e Vettel deve parar apenas uma vez.

Webber é o favorito para a corrida, pela sua estratégia  e pelo melhor rendimento de seu carro com um asfalto frio. Para vencer, Barrichello precisa manter-se na ponta após a largada e abrir grande vantagem para voltar na liderança após seu pit.

Veja abaixo o grid e a lista de pesos:
1º. Rubens Barrichello (Brawn) – 650,5 kg
2º. Mark Webber (Red Bull) – 656
3º. Adrian Sutil (Force India) – 656,5
4º. Jarno Trulli (Toyota) – 658,5
5º. Kimi Raikkonen (Ferrari) – 651,5
6º. Sébastien Buemi (Toro Rosso) – 659
7º. Nico Rosberg (Williams) – 657
8º. Robert Kubica (BMW) – 656
9º. Kazuki Nakajima (Williams) – 664
10º. Fernando Alonso (Renault) – 652
11º. Kamui Kobayashi (Toyota) – 671,6
12º. Jaime Alguersuari (Toro Rosso) – 671,5
13º. Romain Grosjean (Renault) – 677,2
14º. Jenson Button (Brawn) – 672
15º. Sebastian Vettel (Red Bull) – 683,5
16º. Heikki Kovalainen (McLaren) – 656,5
17º. Lewis Hamilton (McLaren) – 661
18º. Nick Heidfeld (BMW) – 650,5
19º. Giancarlo Fisichella (Ferrari) – 683,5
20º. Vintantonio Liuzzi* (Force India) – 680
* Liuzzi perdeu cinco posições por ter trocado de câmbio

GP do Japão: A corrida

Contrariando as expectativas históricas de GPs movimentados em Suzuka, tese alimentada por um treino classificatório repleto de acidentes e uma dezena de punições pós-treino conferidas pela FIA, a décima quinta etapa do mundial de Fórmula-1 acabou por se tornar uma corrida monótona e com poucos fatos dignos de nota.

A largada transcorreu sem nenhum incidente. Vettel manteve a ponta, Hamilton fez uso do Kers para ultrapassar Trulli e, no duelo entre as Brawn, Barrichello era sexto e Button apenas décimo. Na 14ª volta, um toque entre Sutil e Kovalainen agraciou Button com duas posições, saltando para oitavo.

Veio a primeira rodada de pis, e nada alterou-se. Após a segunda, Trulli ganhou a posição de Hamilton. A ordem dos três primeiros na largada foi restabelecida e assim permaneceu até o fim, quando Vettel venceu sem grandes problemas, nem mesmo tendo atrasos em seus dois pit stops.

Após a segunda rodada de pits, um duelo entre Barrichello e Button começou a ser desenhado, quando o inglês passou a reduzir a diferença que o brasileiro tinha à sua frente, na sétima colocação. Porém, uma forte batida de Alguersuari obrigou a entrada do safety car, e após a relargada Button perdeu contato com seu companheiro ao preocupar-se em defender-se dos ataques de Robert Kubica. Porém, apesar da reaproximação dos carros para a relargada, as posições permaneceram inalteradas. Ou seja, uma madrugada sonolenta para quem acompanhou o GP do Japão.

No duelo pelo título, Button precisa agora de apenas seis pontos nas duas corridas restantes para garantir o título. Ou seja, com dois sextos lugares conquista o campeonato. Barrichello precisa fazer quinze pontos a mais que o inglês, e Vettel teria que somar 17 pontos. Uma missão difícil, mas a imagem de Raikkonen em 2007 serve para trazer esperanças para a dupla. Em duas semanas, teremos o GP do Brasil.

GP do Japão: Treinos Livres e Treino Oficial

As sessões de treinos livres que antecedem um GP, muitas vezes, são grandes indicadores para a classificação e corrida. Não foi o caso de Suzuka neste final de semana.

Na sexta-feira, debaixo de muita chuva, as equipes andaram pouco, buscando apenas um melhor acerto em seus carros para o sábado, que teria, segundo a meteorologia, chuva durante todo o dia.

O sol, segundo a mesma previsão, era esperado apenas para domingo. Esquecerem de avisar para o sol, que apareceu forte no sábado. No treino livre de sábado, o único resultado que confirmou-se foi um bom rendimento da Toyota de Jarno Trulli, o mais rápido da manhã em Suzuka.

O treino oficial começou com um clima quente, 37°C no asfalto. Vettel iniciou seu domínio com o tempo mais rápido do Q1, 1m30s883, seguido de Hamilton, Button, Trulli, Buemi, Raikkonen e Barrichello. Entre os cortados, nenhuma surpresa. Fisichella, Nakajima, Grosjean, Liuzzi e Mark Webber, que não participou por ter rachado o chassi de sua Red Bull no treino livre pela manhã.

E, com o Q2, outros pilotos tentaram seguir o mesmo caminho de Webber. Alguersuari causou alguma preocupação ao chocar-se de frente na barreira de pneus. Bandeira vermelha, treino interrompido. O espanhol demorou a sair de sua Toro Rosso, mas saiu ileso. Ao contrário de Timo Glock. Tão logo o treino recomeçou, o alemão da Toyota sofreu um forte acidente na entrada da reta dos boxes e paralisou o treino por um longo período. Os comissários estenderam um temerário lençol branco para que ninguém pudesse ver o atendimento, causando uma preocupação ainda maior. O piloto demorou a ser retirado do cockpit, mas Glock sofreu um corte profundo na perna apenas, afastando as especulações de fraturas ou outras lesões graves.

Quando o treino recomeçou, havia pouco tempo para que os pilotos pudessem marcar seus tempos. Vettel novamente foi o mais veloz, com 1m30s341, seguido de Hamilton, Trulli, Button, Raikkonen, Barrichello, Buemi, Sutil, Kovalainen e Heidfeld. Além de Alguersuari e Glock, os demais cortados foram Rosberg, Alonso e Kubica.

O Q3 mal havia começado, apenas Raikkonen havia completado um volta, quando Kovalainen causou uma nova bandeira vermelha. O treino recomeçou com pouco mais de seis minutos para o fim, e Vettel foi novamente o mais rápido, cravando a pole com 1m32s160, seguido de Trulli, Hamilton, Sutil, Barrichello, Heidfeld, Button, Raikkonen, Kovalainen e Buemi, que não participou do Q3 ao acidentar-se sozinho no fim do Q2.

E, por conta deste acidente de Buemi, o grid foi alterado pelos comissários. Segundo a FIA, Barrichello, Button, Alonso e Sutil não respeitaram a bandeira amarela e foram punidos com a perda de cinco posições no grid. Buemi, por ter arrastado-se para os pits após o choque, foi igualmente punido.

Com as alterações, o grid ficou assim definido:
1. Sebastian Vettel – Red Bull
2. Jarno Trulli – Toyota
3. Lewis Hamilton – McLaren
4. Nick Heidfeld – BMW
5. Kimi Räikkönen – Ferrari
6. Heikki Kövalainen – McLaren
7. Nico Rosberg – Williams
8. Robert Kubica – BMW
9. Adrian Sutil – Force India
10. Rubens Barrichello – Brawn
11. Timo Glock – Toyota
12. Jenson Button – Brawn
13. Jaime Alguersuari – Toro Rosso
14. Giancarlo Fisichella – Ferrari
15. Sébastien Buemi – Toro Rosso
16. Kazuki Nakajima – Williams
17. Fernando Alonso – Renault
18. Romain Grosjean – Renault
19. Vitantonio Liuzzi – Force India
20. Mark Webber – Red Bull

GP de Cingapura: A corrida

O GP de Cingapura, desta vez, transcorreu sem grandes problemas ou surpresas. Lewis Hamilton venceu, e no duelo pelo título Jenson Button chegou à frente de Rubens Barrichello, confirmando as expectativas após o treino oficial e a divulgação dos pesos de cada carro.

Apesar da pista estreita, não houveram incidentes na largada. Vettel perdeu a segunda colocação para Nico Rosberg, e Barrichello ganhou três posições, uma delas em um erro de Mark Webber. O australiano, que cresceu subitamente durante a temporada, desapareceu desde o final de semana em Valencia. Fazia uma corrida discreta quando teve problemas com os freios, bateu e viu-se definitivamente fora da luta pelo título, sem qualquer chance matemática.

Após a largada, o trio Hamilton-Rosberg-Vettel abriu vantagem para os demais, e então a corrida prosseguiu dentro do esperado para o travado circuito de Cingapura: sem maiores emoções, todos à espera da primeira rodada de pit stops. Rosberg, um dos primeiros a parar, errou na saída dos boxes, cruzou a linha branca e foi punido com drive through.

Rosberg não cumpriu a punição em seguida, e duas voltas depois perdeu qualquer chance de pontuar quando Sutil errou ao tentar ultrapassar Alguersuari, rodou e chocou-se com Nick Heidfeld, causando a entrada do safety car. Com todos os carros próximos, Rosberg caiu para o fim do pelotão quando, finalmente, cumpriu sua punição.

A entrada do safety car acabou sendo providencial para Jenson Button, que imediatamente foi aos boxes, mudou sua estratégia e voltou próximo de Barrichello, com apenas Kovalainen separando os carros da Brawn e com combustível de sobra para superar o brasileiro na segunda parada.

Mesmo mais pesado, Button manteve-se a uma distância razoável de Barrichello, que parou pela segunda vez na 47ª volta. Button fez suas melhores voltas antes de seu segundo pit, parou quando faltavam apenas dez voltas e voltou  em quinto, à frente de Rubens com sobras, que teve um problema em seu pit quando seu motor apagou. Mesmo com problemas graves nos freios, Button conseguiu manter-se na pista e obteve um ponto crucial para as últimas três provas do campeonato. A diferença agora é de 15 pontos, e Button pode ser campeão no Japão caso marque cinco pontos a mais que seu companheiro. Se terminarem empatados o campeonato, Button é campeão porque Rubens não iguala mais o número de vitórias do inglês. É uma vantagem razoável, considerando as decisões apertadas dos últimos dois anos.

Voltando à corrida, Hamilton teve sua vitória ameaçada por Vettel na segunda janela de pit stops, mas o alemão acabou punido com drive through por ter ultrapassado o limite de velocidade nos boxes. Hamilton então rumou tranqüilo para a vitória, com um surpreendente Timo Glock em segundo e Fernando Alonso, desta vez sem tramóias, completou o pódio. Por sinal, Jean-François Caubet, diretor da Renault, declarou que a equipe sentirá a falta de Alonso, que nesta semana deve anunciar sua ida para a Ferrari. Ferrari que, por sinal, teve um final de semana apático em Cingapura. Raikkonen e Fisichella foram meros coadjuvantes, terminando longe da zona de pontuação.

No próximo final de semana, teremos o GP do Japão, em Suzuka. Com a possibilidade do campeonato ser decidido, as expectativas são altas de uma boa corrida.

GP de Cingapura – Treinos Livres e Treino Oficial

Os treinos livres em Cingapura transcorreram com um rodízio de favoritos à pole na liderança de cada sessão: Barrichello e Button na primeira sessão, Vettel foi o mais veloz na segunda e Hamilton fez o melhor tempo na terceira e última.

O grande momento dos treinos livres em Cingapura ficou a cargo de Romain Grosjean, que rodou e bateu no mesmo ponto em que Nelsinho colidiu em 2008, e ainda provocou risadas quando repetiu Nelsinho em seu “sorry guys” após o acidente em conversa pelo rádio.

Veio o treino oficial de sábado, e no Q1 Hamilton foi o mais veloz, com 1m46s977, seguido de Button, Raikkonen, Heidfeld, Rosberg e Barrichello. Foram eliminados Sutil, Alguersuari, Fisichella, Grosjean e Lizzi. Aqui, nenhuma surpresa. A Force India voltou ao seu posto normal, já que a pista em Cingapura exige uma maior pressão aerodinâmica; Grosjean e Alguersuari não tem maiores possibilidades e Fisichella mantem a sina dos substitutos de Felipe Massa, além da Ferrari não ter conseguido um bom rendimento em Cingapura.

Na segunda fase do treino, o mais rápido foi Nico Rosberg, seguido de Webber, Vettel, Hamilton, Gock, Alonso, Barrichello, Rubica, Heidfeld e Kovalainen. Os cortados foram Nakajima, Button, Raikkonen, Suemi e Trulli. Jenson Button vive mesmo um inferno astral. Em um final de semana onde esperava-se um bom rendimento da Brawn pela alta temperatura, Button acabou eliminado na segunda fase do treino e viu seu companheiro passar para o Q3.

Na luta pela pole, Button respirou mais aliviado quando Barrichello bateu com menos de um minuto para o fim do treino, causando o encerramento da sessão quando era o quinto no grid. Com a punição de cinco posições por ter trocado de câmbio, largará em décimo.

Devido a bandeira vermelha, os pilotos não completaram suas últimas voltas lançadas, garantindo então Hamilton como pole position com 1m47s891, seguido de Vettel, Rosberg, Webber, Alonso, Glock, Heidfeld, Kubica e Kovalainen.

Com a evolução da McLaren e o Kers na largada, Hamilton é o claro favorito à vitória. A luta pelo título de pilotos e construtores pode ganhar novos contornos com as boas posições de Vettel e Webber, considerando as duas Brawn largando no meio do grid.

GP da Bélgica: A Corrida

Spa proporciona sempre surpresas, e desta vez não foi diferente. Ao contrário das edições anteriores, quando houve a tradicional instabilidade climática, o domingo em Spa foi de céu aberto e pista seca. A surpresa da vez atendeu pelo nome de Giancarlo Fisichella.

O italiano largou na pole, e manteve-se na liderança após a largada. Kimi Raikkonen, o sexto no grid, pulou para segundo aproveitando-se do Kers e da confusão criada por Rubens Barrichello, que teve problemas com a embreagem pela terceira vez no ano, ficou parado no grid e caiu para último.

Ainda na primeira volta, um acidente aparentemente sem culpados envolvendo Hamilton, Button, Grosjean e Alguersuari forçou a entrada do safety car. Os quatro abandonaram a prova, e a saída da dupla inglesa acabou por eliminar um grande componente de emoção, sobretudo tratando-se de Button, que precisava recuperar posições.

Assim, Rubens Barrichello tinha uma grande oportunidade de diminuir a vantagem para o companheiro na classificação do campeonato. O brasileiro foi ao pit para encher o tanque, aproveitar a entrada do safety car e mudar sua estratégia, uma vez que era o mais leve do grid.

Com a relargada, Kimi Raikkonen ultrapassou Fisichella para assumir a liderança. Quando a expectativa geral era de uma Force India como presa fácil, o veterano piloto italiano não deixou Raikkonen respirar, mantendo-se durante o restante da prova colado ao finlandês. Não fosse pelo Kers da Ferrari, Fisichella tinha carro para vencer em Spa. Porém, Kimi Raikkonen mostrou suas credenciais ao fazer uma corrida sem erros, mantendo sempre Fisichella a uma distância gerenciável.

Enquanto isso, Barrichello ganhava posições no fundo do grid e fez belas ultrapassagens sobre Jarno Trulli e Nakajima. Porém, ao aproximar-se da zona de pontuação, sua reação foi freada pela McLaren de Kovalainen. Para ajudar o brasileiro, um erro no pit de Mark Webber e o abandono de Alonso o fizeram ganhar duas importantes posições. Na penúltima volta, o motor Mercedez de sua Brawn começou a soltar fumaça, mas Barrichello conseguiu conduzir até a bandeirada, e ao entrar no pit-lane pegou fogo.

Sebastian Vettel completou o pódio aproveitando-se muito bem das voltas rápidas antes de realizar seu segundo pit, e com os seis pontos ultrapassou seu companheiro, Mark Webber, na classificação do campeonato.

Considerando o resultado final, Jenson Button respirou aliviado. Com seu abandono na primeira volta, poderia ter sido muito pior. Agora, com cinco corridas para o final, o inglês leva 16 pontos de vantagem para Barrichello e 19 para Vettel.

Em duas semanas, Monza.

GP da Bélgica: Treino Livre de Sábado

A última sessão de treinos livres em Spa foi um show de zebras. Com pista seca e tempo frio, em torno de 13º, o melhor tempo pertenceu a Nick Heidfeld, com 1m45s388, seguido de Trulli, Sutil, Grosjean, Glock e Kubica.

Entre os que brigam diretamente pelo título, Jenson Button, da Brawn, foi o melhor, com um modesto décimo posto, logo atrás da McLaren de Hamilton, enquanto Rubens Barrichello foi 16°.

Já a Red Bull foi 14ª com Sebastian Vettel, que andou pouco. Mark Webber teve problemas no motor e completou apenas três voltas.

E, incrivelmente, Luca Badoer não foi o último. Foi o penúltimo…

Logo mais, o treino oficial.